10.10.14

Red Bull vai pagar US$ 13 milhões por propaganda enganosa nos EUA



Red Bull terá de pagar US$ 13 milhões aos consumidores nos EUA (Foto: Reuters)Red Bull terá de pagar US$ 13 milhões
aos consumidores nos EUA (Foto: Reuters)
A marca de energéticos Red Bull aceitou pagar R$ 13 milhões aos consumidores norte-americanos para encerrar uma ação coletiva por propaganda enganosa.
O acordo pode beneficiar milhões de clientes que compraram o energético nos últimos dez anos. Eles terão direito a ser reembolsados em US$ 10 ou a receber duas latinhas em casa.
A ação coletiva se deve à promessa de aumento de velocidade, desempenho, concentração e reação dos consumidores após a ingestão da bebida. A campanha veiculada na televisão, rádio, internet e mídias sociais garante que "Red Bull dá asas".
No entanto, o autor da representação contra empresa, Benjamin Careathers, alegou que a fabricante engana os consumidores sobre a superioridade de seus produtos. Careathers afirma também que a bebida não tem mais eficiência que um copo de café, como é informado nas propagandas.
Procurada pelo G1, a Red Bull Brasil ressaltou que a ação se aplica apenas para consumidores norte-americanos.
"A empresa propôs um acordo neste processo para evitar os custos imprevisíveis de uma disputa judicial nos Estados Unidos. O marketing da Red Bull sempre foi divertido, verdadeiro e preciso", justificou a empresa.
http://g1.globo.com/economia/midia-e-marketing/noticia/2014/10/red-bull-vai-pagar-us-13-milhoes-por-propaganda-enganosa-nos-eua.html

7.3.14

Rio é a primeira cidade da América do Sul a ter um domínio Internet | IDG Now!

Publicada em 03/03/2014 15:08

http://idgnow.com.br/blog/circuito/2014/03/03/rio-e-a-primeira-cidade-da-america-do-sul-a-ter-um-dominio-internet/

A cidade do Rio de Janeiro ganhou um belo presente do alcaide Eduardo Paes ao completar 449 anos. No último dia 27, a Empresa Municipal de Informática SA – IplanRio assinou com a Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN) o contrato para administração do domínio .RIO, um dos novos sufixos da Internet. Portanto, no início do segundo semestre, .RIO já deverá integrar a raiz de domínios da Internet. Será o segundo dos novos gTLDs concedido ao Brasil. O primeiro, .GLOBO, deve ser incorporado à raiz da Internet até o início de abril.

O Rio será também a primeira cidade da América do Sul a ter um domínio de primeiro nível (gTLD) próprio. As outras 5 candidaturas de domínios de cidades nas Américas são .MIAMI, .NYC, .QUEBEC, .VEGAS. Portanto, quatro nos EUA e uma no Canadá.

A intenção da prefeitura é usar o domínio .RIO como canal oficial da cidade Rio e das políticas públicas para os cariocas. Será a identidade digital do governo municipal. Portanto, não será aberto a registro público. Só as organizações governamentais oficiais ou entidades ligadas a ações sociais, econômicas, de infraestrutura , turismo e eventos estarão autorizados a usá-lo. Algo como "RIO2016.RIO".

Resumindo, o .RIO vai concentrar todas as informações relevantes sobre o Rio de Janeiro na Internet, para os cidadãos cariocas e visitantes.

O longo processo de liberação do registro por parte da ICANN impossibilitou o uso para "FIFA.RIO", agora na Copa do Mundo.

O tempo médio entre a assinatura do contrato e a delegação do domínio é de 10 a 14 semanas. Até 120 dias após assinatura do contrato, só pode existir o nic.RIO, que se refere ao conteúdo regulatório: regras, políticas, whois. Nos primeiros meses após liberação da raiz, o único domínio que pode existir é o nic.RIO. E mesmo depois, só os nomes que não integrem a lista temporária de bloqueio podem ser usados. Isso significa que endereços  como "Copacabana.RIO"ou "Ipanema.RIO"só devem começar a ser usados mais no fim do ano.

Todos os novos gTLDs passam por esse processo, segundo Rubens Kühl, gerente de Produtos e Mercado do Registro.br. O primeiro contrato foi assinado em Julho de 2013 e só agora, em fevereiro, foi liberado para uso.

Há grandes somas de dinheiro envolvidas no simples processo de análise de novos domínios, embora a ICANN afirme que sejam apenas suficientes para o próprio processo. Há muitas exigências técnicas para a operação dos novos domínios na Internet. Poucas serão as empresas capazes de cumprir as exigências técnicas da ICANN em relação a administração dos servidores DNS em si. Os domínios .GLOBO e .RIO já passaram por esse processo.

A taxa de inscrição da candidatura do domínio foi de  185 mil dólares  Uma vez aprovado o pedido, a taxa anual mínima de novo registro no ICANN é de 25 mil dólares. Existem ainda custos substanciais para a infraestrutura técnica. e custos operacionais, administrativos, legais e de marketing. Dependendo o domínio, o custo global de novos gTLDs pode chegar a até 2 milhões de dólares.


20.2.14

Não há mais espaço para o Marketing preguiçoso, garante Luli Radfahrer | Mercado | Reportagens | Mundo do Marketing



Não há mais espaço para o Marketing preguiçoso, garante Luli Radfahrer
hangout com professor no Mundo do Marketing http://www.mundodomarketing.com.br/

O mantra repetido por muitos executivos de que as marcas ainda não sabem como lidar com o consumidor contemporâneo, altamente conectado, não convence mais. Ou ao menos não deveria. Smartphones e redes sociais já deixaram de ser novidade há algum tempo. Por isso, os departamentos de Marketing precisam deixar de se colocar como surpreendidos pela era da internet e avaliar se o discurso não esconde certa acomodação.
Enquanto profissionais insistem em se dizer perdidos, consumidores mais do que nunca sabem o que querem, quando querem e de que forma. Se até recentemente um comercial de televisão permeado de humor e com a celebridade do momento já seria suficiente para conquistar a empatia do público-alvo, agora já não é mais o único e melhor canal para alcançá-lo. No entanto, deixar tradições de lado e mergulhar de cabeça nas tendências e paradigmas atuais ainda geram receio em grande parte do setor.
Luli Radfahrer, Professor-doutor da ECA-USP e autor de livros sobre comunicação, tecnologia e empreendedorismo, é duro em sua avaliação de profissionais que insistem em destinar grandes montantes dos recursos de publicidade para fórmulas tradicionais. "É muito ilusório, é muito cômodo, coisa de profissional preguiçoso, dizer que a marca não sabe para onde ir. Na verdade, você que é incompetente e ignorante e não faz a menor ideia de como vai conduzir a sua ação de marca. Até bem pouco tempo atrás, era fazer uns xiszinhos, dar uma verba para uma empresa de propaganda e esquecer o assunto", dispara em entrevista a TV Mundo do Marketing.
De olho nas métricas
Se trocar o modelo de trabalho gera incertezas, por outro lado há inúmeras vantagens nas novas ferramentas. A televisão é muda e surda, nos termos de Luli Radfahrer, enquanto a internet propicia interação com o consumidor. "Acho que uma palavra só resume tudo isso: feedback. Pela primeira vez, você fala com o público e escuta o outro lado. Esse enorme sucesso das mídias sociais é só o começo de uma grande mudança na comunicação", aponta.
A internet é capaz de fornecer diversos dados, e os profissionais de Marketing devem estar atentos a eles. Hoje é possível saber quando o consumidor acessou o site de uma empresa, o que chamou a atenção dele, de onde veio, para onde foi e de quais redes sociais participa. Por isso, Luli Radfahrer é enfático: os profissionais de Marketing não podem tirar os olhos das métricas, pois elas revelarão segredos valiosos do público-alvo.
Há diversos canais de interação com o consumidor e "Se a marca não utilizar isso ela está desperdiçando uma ótima oportunidade de melhorar seu produto", afirma o especialista. Nas mídias sociais também é fundamental entender como conversar com os compradores dos produtos. "Não adianta tentar fazer tudo que ele manda. Não adianta tentar patrocinar um blogueiro famoso, se você não se comporta direito", ressalta Luli Radfahrer.
Não tem desculpa
Não há fórmulas prontas nas estratégias de Marketing neste novo contexto. "Não é tão difícil assim, mas também não tem fórmula mágica, sete hábitos ou 10 recomendações", diz Radfahrer. Se o público não compra mais aquilo que vê na televisão ou nos classificados, é importante lançar mão da criatividade e deixar de lado a preguiça. É proibitivo se manter preso a tradições, como fizeram Varig e Vasp, no setor aéreo, e faliram.
O profissional de Marketing que diz não saber o que fazer nos novos canais, quando chega a sua casa, se torna consumidor e não tem dúvidas sobre o que deseja das marcas que consome. "Esse cara, quando quer comprar qualquer coisa, vai pesquisar na internet. Por que ele se julga diferente de seu público? As pessoas estão olhando na internet, nos smartphones. Dentro da sua loja, elas estão vendo se seu produto é barato ou se seu concorrente é melhor, enquanto você fica ali, esperando atendê-las sem liberar o wifi", diz Luli Radfahrer.
Muitas vezes, uma verba originalmente destinada a uma agência de publicidade ou a uma ação na grande mídia pode ser deslocada para uma análise de business intelligence. "Pouquíssimas empresas têm uma análise real de quem é seu consumidor, quanto tempo o produto passa na loja, qual é o turn over do seu produto e qual é a aceitação dele pelo consumidor, se comparado a outras marcas", analisa o especialista.
Youtube é o canal
Ao diversificar as ações de interação da marca com seu público-alvo, os departamentos de Marketing precisam estar atualizados em relação aos canais. Alguns são mais eficientes que outros. Há aqueles que surgiram há relativamente pouco tempo e já começam a se tornar obsoletos. O Facebook, por exemplo, já se comporta de modo semelhante à televisão.  "A timeline do Facebook proporciona a mesma experiência da televisão aberta. Você liga e vê um monte de bobagens, uma não ligada à outra", resume Luli Radfahrer.
Um dos canais mais importantes para a divulgação de uma marca é o Youtube ou outros sites de vídeo. Os podcasts também se tornaram bastante interessantes, já que todos estão sempre com os fones ligados a seus smartphones no caminho do trabalho e de casa. "Qualquer empresa foi criada para resolver um problema. Em vez de pensar em como vender o seu produto, deve tentar resolver o problema do seu consumidor. Depois, a empresa deve entrar no Youtube com tudo, contando como pode propiciar isso a ele", diz o especialista.
Jovens e executivos seniores precisam se aliar na missão de descobrir o melhor caminho para conversar com o consumidor. O primeiro tem grande potencial, pois já não acredita mais num mundo regido pela televisão, e o segundo conta com a experiência para conduzir as ações da melhor forma. "É possível combinar o talento dos dois, desde que nenhum deles seja teimoso. Quando o jovem achar que é a solução e o velho achar que as coisas devem continuar como sempre foram feitas, os dois estarão errados", analisa Luli Radfahrer.
Assista à entrevista na íntegra. Conteúdo aberto até 48 horas após a sua publicação. Após esta data, somente para assinantes Mundo do Marketing Inteligência.